A palavra lúpus deriva do latim e tem como significado “Lobo”. A explicação deve-se às lesões/manchas no rosto tão características desta doença que são semelhantes às marcas no focinho de um lobo
Foto: ibrtzhijpf/depositphotos.com
O lúpus é uma doença crónica (para toda a vida) e autoimune – ou seja, o sistema imunitário, que tem como objetivo combater microorganismos externos (como vírus e bactérias), não é capaz de identificar quais as diferenças entre esses microorganismos e os constituintes do nosso corpo. Como resultado, o sistema imunitário ataca o próprio organismo. O lúpus pode afetar qualquer pessoa, mas sobretudo a população feminina (90% dos doentes são mulheres).
SINAIS E SINTOMAS
É uma patologia imprevisível com sintomas que variam de acordo com o grau de gravidade da doença, de doente para doente e, no mesmo doente, consoante a fase em que se encontra. Isto porque pode alternar entre fases: uma fase sem sintomas, em que a doença está “adormecida”, e uma fase ativa, com sintomas. Portanto, não é fácil identificar um caso de lúpus.
Sinais e sintomas mais comuns:
• Manchas vermelhas na pele (rosto – por vezes em forma de borboleta em todo o nariz e bochechas – e no pescoço ou braços);
• Sensibilidade à luz solar;
• Dor nas articulações;
• Feridas na boca;
• Fadiga e fraqueza;
• Perda de apetite;
• Perda de cabelo;
• Complicações renais e do sistema nervoso.
VIVER CON LÚPUS
Atualmente ainda não há uma cura para o lúpus, mas existe tratamento para o alívio dos sintomas que deve ser ajustado em função de cada doente. Além da medicação receitada pelo médico, há um conjunto de cuidados que um doente com lúpus deve seguir:
• Mantenha uma alimentação saudável;
• Pratique atividade física regularmente (ex: ioga, pilates ou caminhadas…), pois contribui para combater a fraqueza muscular e a fadiga;
• Tente evitar situações de stress. O stress excessivo afeta o sistema imunitário e acentua os sintomas. Assim, deve combater o stress através, por exemplo, de meditação ou usufruindo de uma massagem. Partilhar as preocupações com familiares, amigos, grupos de apoio ou com o farmacêutico pode igualmente ajudar a evitar situações de ansiedade;
• Evite fumar. Os efeitos do tabaco também podem contribuir para o agravamento de certos sintomas (ex: problemas cardíacos e pulmonares…);
• Evite a exposição solar. A quantidade de exposição solar que pode ser tolerada sem aumentar a gravidade da doença é diferente de doente para doente. Ainda assim, o sol é responsável por desencadear muitas crises e agravar as lesões na pele. Portanto, deve ser cauteloso e utilizar sempre protetor solar;
• Esteja atento aos sinais e sintomas da doença e consulte o seu médico com regularidade.
13 de Fevereiro de 2018
0 Comentarios